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A IMPORTÂNCIA DA MOCIDADE NA CASA ESPÍRITA

A Ana, também uma parceira nova, trabalha no O Semeador com a mocidade da casa. Um trabalho de muito sucesso. Nesse texto ela nos fala do que aprendeu com eles: que, como todos nós, são espíritos que já viveram múltiplas existências. Devem ser aceitos, respeitados e estimulados ao trabalho doutrinário. Afinal, são eles que herdarão o que estamos plantando.

ANA RACY

Ahhh que tema mais agradável para escrever, conversar, divulgar… Mocidade Espírita! E qual a importância da Mocidade em uma casa espírita?
Bem, sua importância é fundamental, porque são esses jovens que levarão a doutrina e a casa espírita adiante e esse é apenas um dos motivos. Os jovens têm ideias maravilhosas, defendem seus pontos de vista, têm emoções afloradas, querem descobrir quem são na adolescência mostram para que vieram e, com isso, normalmente assustam os adultos. Sinto que muitas vezes os pais não sabem bem o que fazer com essa explosão de energia que existe no jovem. A casa espírita acolhe esses jovens na Mocidade, ali eles têm voz, se posicionam, abrem seus corações, choram riem, começam a compreender a própria dor e a dor do amigo, percebem que não estão sozinhos. Na Mocidade também cantam, jogam, interagem e o mais importante é que para tudo que fazem, aprendem que a responsabilidade de qualquer ação tomada por eles, é deles mesmos e eles precisarão assumir as consequências de tudo que fazem.
Importante saber que para as crianças os pais são os verdadeiros heróis, os titãs, mas para os jovens o grupo é o que conta. Eles usam as mesmas roupas, o mesmo vocabulário e têm praticamente as mesas crises existenciais. Daí a importância de estarem em um local onde se sentem seguros para falar e onde, todos sabemos, é um local protegido pela espiritualidade maior, onde a inspiração é constante porque estamos reunidos por um mesmo ideal. Falamos de Jesus, do quão modernos são os ensinamentos morais deixados por Ele e como aplicar cada uma das lições ofertadas pelo Mestre em nosso dia a dia. O autoconhecimento faz parte do trabalho com a Mocidade, eles vivem um momento de um turbilhão hormonal e emocional e a cada encontro ganham a confiança e o equilíbrio necessários para o amadurecimento moral e espiritual.
No livro “O que os jovens podem ensinar?” de Luiz Sérgio, encontramos a seguinte fala:
“… Realçamos o papel preponderante das Mocidades espíritas, que se avolumam no cenário da pátria e se constituem em alicerce sólido contra as investidas do mal. A assistência dos bons espíritos, incluindo a orientação dos guardiões pessoais, é ostensiva nas reuniões da galera jovem. Os temas são tratados na sua linguagem usual; a abordagem é feita na medida exata da sua compreensão; o clima astral é leve, alegre e descontraído.”
Há mais um ponto importante para refletirmos sobre a palavra mocidade, porque grande parte das vezes nos esquecemos de que somos espíritos com inúmeras existências e trazemos as tendências e as conquistas de outras vidas e isso é tão verdadeiro que muitas vezes são os filhos que ensinam aos pais ou que os levam até a casa espírita. Tudo isso faz parte do universo da Mocidade.
É hora de acreditarmos que esses jovens têm mais a oferecer do que podemos imaginar que são responsáveis e amorosos, que querem ser inseridos no contexto da casa espírita e não ser apenas um grupo que se encontra semanalmente para uma conversa descompromissada. O jovem evangelizado representa o adulto consciente de sua posição no mundo.
Para finalizar, deixo uma reflexão da Revista Cristã de Espiritismo nº 06:
“Criar e manter um grupo de Mocidade é tarefa das mais importantes para os dirigentes de um centro espírita. Investir e acreditar nos jovens é um meio de estabelecer a paz nos lares e garantir o futuro do espiritismo.”

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