Falamos muito dos acontecimentos atuais que tanto nos amarguram, mas estamos esquecendo de coisas aparentemente tão simples e tão facilmente identificáveis não? Olha só esse lindo texto que mais parece uma lufada de brisa suave e perfumada…
Durante muitos séculos, os homens acreditaram que após passarem alguns anos aqui na Terra partiriam para o além e, de acordo com as virtudes angariadas nesse período, ficariam eternamente gozando das alegrias do paraíso ou sofrendo terríveis tormentos nas fogueiras infernais.
Os bons, ou aqueles que vivessem de acordo com as normas estabelecidas pelo Clero dominante, muitas vezes conseguida a peso de ouro independentemente de terem vivido à custa do sofrimento de muitos, teriam um lugar certo nas regiões celestiais.
Isso fez com que muitos vivessem de acordo com seus instintos mais animalizados, buscando na vida somente os prazeres que saciassem sua sede de sexo, poder, fama e glórias mundanas, pois através de fartas recompensas aos sacerdotes acreditavam estar assegurando um bom lugar no outro mundo.
Alguns emissários do Altíssimo encarnaram no planeta nesse período, tentando fazer com que os homens enxergassem as verdades da vida espiritual, mas quase todos sofreram nas câmaras de tortura ou na fogueira a resposta ás suas preleções.
Muito tempo se passou até que, com muito sofrimento e também muita abnegação de valorosos espíritos, pôde a humanidade receber uma corrente espiritual fortíssima que, comandada no mundo invisível pelo espírito da Verdade e na Terra organizada pelo grande missionário Allan Kardec, tiraram o véu que encobria as portas da espiritualidade e da verdadeira natureza da vida aqui na Terra.
De lá pra cá, muita coisa foi desvendada e o homem já entendeu que não se compra a paz, que através de amizades políticas não se adquire direitos no além e que somente com o próprio testemunho na fé e na caridade é que se acumulam os verdadeiros valores eternos.
A lei de “Ação e Reação” começou então a ser compreendida…
* * *
Estamos no século XXI e ainda ronda o fantasma do ódio da cobiça e da guerra. A violência permanece abrigada em muitos corações e o medo ainda surge em muitos lares. Embora não se possa fechar os olhos e os ouvidos ao que acontece, o que não podemos é deixar de observar que o entendimento trazido à luz pela revelação da Espiritualidade tem transformado aos poucos, mas firmemente, os nossos valores.
Em nenhuma outra época de nossa história tivemos tantos grupos interessados e atuando em favor da natureza e da humanidade em múltiplas facetas. Nunca se viu o mundo inteiro unido pela paz fazendo com que as nações bélicas refreassem seus impulsos destruidores.
A paz, tão buscada e comentada atualmente começa a criar suas raízes no seio de todas as nações. Ela foi, no passado, plantada pelo grande Semeador, adubada e regada pelos seus grandes emissários e agora despontam os primeiros sinais dos frutos que serão colhidos e é necessário que limpemos o terreno das pragas e ervas daninhas para que nada interfira na colheita.
Não nos aflijamos com os prenúncios de guerras e destruições, pois “os tempos são chegados” e não muito longe a fraternidade será uma realidade, não tenhamos dúvidas quanto a isso.
Se quisermos ajudar, façamos o que nos cabe, semearmos a amizade, a concórdia e o amor através de todos os mecanismos com os quais o Criador nos dotou. Utilizemos as armas do pensamento, da palavra, do sorriso, da ação e acima de tudo a da fé ou, melhor dizendo, a da certeza de que todos somos filhos de Deus e fomos criados para sermos felizes na Terra, nos Céus ou em qualquer outra dimensão de existência.
A paz começa no reconhecimento de que, todos nós, somos criaturas de Deus.
Vivamos em paz.
Humberto Pazian