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Estudo e trabalho

A importância do estudo e do trabalho e como a união dos dois nos serve de válvula propulsora para nossa evolução. Norberto nos conta nesse artigo.

 

É muito cômodo jogar a responsabilidade de prover o estudo nas mãos do governo, mas muitos dos alunos que estão estudando à custa do dele, ou de seus pais, não o fazem adequadamente, desperdiçando a chance de aprender coisas novas. Aliado a isso, existe o descaso dos próprios pais ou cuidadores, que não estimulam os educandos a se aplicarem nos estudos, para sair da ignorância seguindo recomendação de Jesus: “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (Evangelho de João 8.32).

Desde sempre, o estudo se fez necessário para garantir a nossa sobrevivência, pois estudar é o ato de avaliarmos as condições onde estamos inseridos e buscar a melhor solução para nos adaptarmos a estas condições, usando a inteligência para resolver os problemas novos e, os mais estudiosos, os autodidatas, o fazem pelo prazer de estudar.

Cada coisa que estudamos, passamos a ver esta coisa com outros olhos, ou seja, deixa de ser um mistério, e passa a ser um novo conhecimento e, o conhecimento é a única riqueza que ninguém nos tira, pois faz parte do nosso acervo vivenciado como Espírito. Convém lembrar que: “Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um deles uma missão, com o fim de os esclarecer e progressivamente conduzir à perfeição, pelo conhecimento da verdade e para os aproximar dele”. (O Livro dos Espíritos -LE- questão 115).

A missão que Deus nos deu é de evoluirmos em conhecimento, através do esforço próprio, entendendo as Leis Naturais, criadas por Ele. Nelas nos inserirmos sem revolta, aceitando as coisas como elas são, pois tudo segue uma ordem natural, em função dos protagonistas que estão inseridos nas nossas relações existenciais, quer sejam como seres humanos, animais, vegetais e minerais e o meio ambiente. Estranharam a nossa relação com os minerais? Basta ver o valor que é dado a uma pedra preciosa, e quantos crimes são cometidos por causa dela.

Os grandes instrutores da humanidade são indivíduos que desenvolveram a observação, o senso crítico, estudaram os fatos e, a partir daí, emitiram a sua opinião, e criaram as suas próprias verdades. Opiniões estas que ao serem aceitas pelos seus seguidores, passaram a ser as verdades deles também.

O estudo em busca das verdades é incessante e relativo, pois a verdade absoluta é Deus, como “a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas” (LE questão 1), e a compreensão das verdades relativas depende do nível de entendimento de cada indivíduo, ou do método que se utiliza para analisar determinado fenômeno, nos aproximando de Deus, através do entendimento das suas leis.

Para entendermos melhor a relação estudo e trabalho, vamos nos ater a alguns conceitos da física. Trabalho é quando algo absorveu energia e ocorreu um deslocamento. Se pensarmos num automóvel, o motor ao absorver a energia do combustível, transforma essa energia em movimento, e o carro se desloca.

Mas se pensarmos em nós como seres que sempre apreendem, como absorvemos a energia do estudo e realizamos o trabalho do aprendizado?

Ao estudarmos, absorvemos a energia do evento estudado e, essa energia fica armazenada na nossa memória; uma das faculdades do Espírito; como conhecimento, ou seja, uma energia potencial capaz de fazer transformações em nós. Deixamos de ser o que éramos e somos outro, nos deslocamos em conhecimento, isto é, realizamos um trabalho dentro de nós, a reforma íntima: não sabia e agora sei.

Essa energia armazenada como conhecimento, nos capacita a realizar o trabalho de orientadores, ou seja, ensinarmos aos outros aquilo que sabemos.

Mas o que o trabalho tem a ver com o estudo?

Tudo, pois não adianta estudar e saber, se não pusermos em prática aquilo que sabemos, por isso, é que Jesus nos recomendou: “Ninguém acende uma candeia e a esconde num jarro ou a coloca debaixo de um alqueire. Ao contrário, coloca-a num lugar apropriado, de modo que os que entram possam ver a luz”. (Evangelho de Lucas 8.16).

Norberto Gaviolle

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