Nesse texto tão bonito, simples, mas imensamente profundo, Taisa, nossa caçula, conta um pouco da sua visão de felicidade, a luz da doutrina. Lê lá e vê como é mais fácil do que a gente pensa!
Mas o que é essa tal felicidade que tanto buscamos? Será que realmente sabemos?
A felicidade não é a ausência da dor. Tampouco é euforia. A felicidade é uma sensação de bem estar, de tranquilidade, mesmo com todos os obstáculos e imprevistos. Porque eles vão acontecer. Afinal, temos, sem exceção, outra coisa em comum: vivemos em um mundo de provas e expiações. E isso não é à toa.
A felicidade (ainda) não é deste mundo. Temos muito que caminhar para que o bem supere por completo o mal e que tenhamos a felicidade em sua completude. Em nossas vidas aqui na Terra, por enquanto, ainda vamos nos deparar com muita decepção, dores e inúmeras frustrações. Mas como fazer para diminuir o sofrimento causado por elas?
Precisamos entender onde sentimos a felicidade: dentro de nós. E por que não começamos lá mesmo a tentar encontrá-la? Temos o hábito de condicionar a nossa felicidade a alguém ou a algum fator externo, fora de nós e fora do nosso controle. Temos certeza de que quando atingirmos determinada situação, ou conseguirmos certa realização, seremos felizes. Mas mesmo que isso aconteça, essa felicidade não é plena – é logo substituída por outro desejo, outra ambição e entramos numa cadeia de instabilidade emocional regada à mais pura ansiedade. E não ficamos bem.
Se olharmos para o nosso interior, buscarmos o autoconhecimento e tentarmos entender do que precisamos, vamos descobrir que temos incríveis sementes de felicidade e satisfação dentro de nós. E precisamos dar mais valor e atenção a elas.
Quem não se sente bem em poder ajudar alguém, em ser útil? Em desfrutar de momentos de pura plenitude ao lado de pessoas queridas, nas mais simples situações? Em saborear uma fruta madura ou beber um copo de água fresca para matar aquela sede? Em contemplar a natureza, o céu estrelado, e se dar conta da grandeza e perfeição do universo? Em deitar à noite com a cabeça no travesseiro e saber que fez o seu melhor? E ao acordar se dar conta de que tem mais um dia inteirinho pela frente, cheio de oportunidades para encontrar essas sementes de felicidade e faze-las florescer? Isso é felicidade.
A felicidade, portanto, depende de nós mesmos. Depende do tipo de vida que levamos, das coisas que fazemos e das sementes que plantamos. Cada ato praticado, cada pensamento, tem uma consequência. Se soubermos disso e nos conhecermos, identificaremos os riscos e saberemos onde pisar. Isso pode não ser a tarefa mais trivial de todas, mas o espiritismo está aí para nos ajudar a alcançar a compreensão do presente e a fé no futuro.
Taisa Bacharini