Um fato se apresenta nas atuais crianças e tende a aumentar nos novos nascituros: a mediunidade ostensiva. Para quem desconhece os princípios da mediunidade, ela é a faculdade de comunicação dos Espíritos, da mesma forma que a inteligência é a faculdade para resolvermos problemas novos. Como as demais faculdades, a mediunidade é uma aptidão inata, independente da idade. Assim sendo, todos somos médiuns; uns mais ostensivos,outros menos. É através da mediunidade que recebemos as inspirações, as intuições e os sonhos.
Mas como isso funciona? Para entendermos tal funcionamento, partiremos de alguns princípios a serem submetidos à nossa reflexão:
● A única atividade do Espírito é pensar.
● A atividade de pensar ocorre enquanto encarnado ou desencarnado.
● Os Espíritos se comunicam por ondas-pensamento.
● O pensamento é uma onda que transporta energia.
● A mente é a somatória das faculdades do Espírito.
● As nossas ações físicas são o resultado da energia do nosso pensamento, comandando a matéria que compõe nosso corpo.
● Alguns fenômenos de efeitos físicos em corpos inanimados, ocorrem pela ação de um pensamento atuando sobre a matéria destes corpos.
● Quando pensamos em algo estamos num estado inercial, processando uma determinada quantidade de energia para concluir uma ideia.
● Para alterar este estado inercial, é preciso absorver mais energia, ou seja, “comer” outro pensamento.
● Enquanto para o corpo físico se manter ativo, é preciso a energia presente na alimentação e na respiração, o alimento do Espírito, está contido nas ondas-pensamento.
● Para captarmos um pensamento, necessitamos estar sintonizados nele e, para processá-lo precisamos ter afinidade com quem o emitiu.
● A inspiração é uma idéia contida num pensamento externo que, sendo sintonizada e processada por nossa mente, passa a ser considerada como nossa criação.
● A intuição é quando o próprio conhecimento armazenado em nossa memória (também uma faculdade), precisou do estímulo trazido por um pensamento externo para se tornar acessível, pois estava esquecido ou de difícil acesso. Uma vez acessado, ressurge através de nossa própria ideia.
● Já os sonhos são contatos com os Espíritos com quem temos certa afinidade e com os quais realizamos algumas atividades, enquanto nosso corpo dorme e nosso espírito continua atuando.
● Na Natureza, o sistema com maior potencial transfere para o de menor potência.
● Mentores são Espíritos que colaboram para nossa evolução, nos trazendo novos conhecimentos, nos induzindo à prática do bem e ao desenvolvimento moral.
● Obsessores são Espíritos que se tornaram inimigos por se sentirem violentados por nós; quase sempre querem o nosso mal como forma de vingança, procurando retardar nosso desenvolvimento moral e intelectual.
● Somos influenciados 24 horas do dia pelos mentores e pelos obsessores, e nosso comportamento é o resultado da sintonia e da afinidade que temos com cada um deles.
● A partir de 1857, com a publicação da primeira edição de “ O Livro dos Espíritos” por Allan Kardec, foi revelada a existência dos Espíritos, sua relação com a matéria, a possibilidade de comunicação entre vivos e mortos, a mediunidade e o processo reencarnatório.
Após conhecermos estes princípios, abordaremos alguns acontecimentos que não são discutidos entre os cuidadores e as crianças. Há crianças que apresentam, frequentemente, alterações de comportamento vendo e falando com alguém invisível, ou mesmo relatando estar em contato com parentes desencarnados. Outras se desinteressam pelas atividades convencionais, escolares ou lúdicas, por considerar nada haver de novo nelas. Vão em busca de novas emoções, que as motivem de alguma forma, seja nas drogas, jogos ou competições de alto risco.
Há também crianças superdotadas, sintonizadas com bons Espíritos que, continuamente, lhes inspiram novos conhecimentos ou lhes estimulam a memória, para que elas mesmas possam exteriorizar o próprio conhecimento através da intuição. No entanto, elas também podem ser influenciadas pelos obsessores, apresentando alterações de comportamento, tornando-se agressivas. Outro grupo de crianças consideradas “anormais”, são classificadas como índigo, cristal, diamante e outras denominações casuísticas. Ao nosso ver, grande parte destas crianças tachadas como “anormais”, é formada por nada mais do que Espíritos que reencarnaram com a mediunidade aflorada, necessitando ser bem compreendidas e tratadas, para não se tornarem as próximas consumidoras de medicamentos com tarja preta.
Desta forma, todos estes fatos ou fenômenos espirituais deveriam ser tratados com naturalidade, por integrarem as Leis Naturais, e não como algo alarmante ou considerado doença.
Cabe aos cuidadores buscar informações a respeito dos fenômenos espirituais, para melhor compreenderem o que ocorre com suas crianças. Aos espíritas, por sua vez, recai a responsabilidade de colaborar levando seu conhecimento àqueles que passam por tal situação.
É hora do espírita sair do armário e não ter medo de falar sobre estes assuntos em rodas de amigos, no trabalho e na própria família. Outra parcela de responsabilidade cabe às casas espíritas, que deveriam abordar o tema da mediunidade nas crianças em palestras públicas e nos cursos, capacitando atendentes a tratar deste assunto de maneira clara e objetiva, preparando a mocidade para se tornarem pais aptos a lidar com a mediunidade de seus futuros filhos.
Enquanto esta mudança de postura não ocorre, recomendamos aos cuidadores, que conversem, verbal ou mentalmente, com as crianças e com os dois tipos de Espíritos que as influenciam. Aos mentores fale da sua gratidão pela colaboração recebida, e elogie o resultado da atividade da criança. Aos obsessores fale da tua compaixão para com eles, solicite para que eles perdoem as crianças e busquem a própria elevação moral. Quanto às crianças fale o mínimo necessário para que ela retome o comportamento, dentro de limites pré estabelecidos.
NORBERTO GAVIOLLE
Texto muito bom e elucidador.
Parabéns, Norberto!!
Um grande abraço!!
Que bom que gostaste.
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Abraço
Muito oportuno,este artigo é de suma importância a todos nós,principalmente a estes pais tão novos,
que estão recebendo estas crianças como.filhos.e que desconhecem tais assuntos. Digo.por experiências própria, de 10.anos para cá,ja recebemos três crianças com espécies. E só com conhecimentos é possível dar tratamento adequado em todos os níveis necessário.
Oi Maria.
Oportuno o teu relato da experiência com estas crianças. Quisera que os novos pais possam ter melhor compreensão, para lidar com esta nova realidade comportamental de seus filhos.
Que bom que gostaste.
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Abraço