Norberto, como todos nós, tenta aplicar o que Kardec nos ensina no seu cotidiano.
Observando as pessoas, interagindo com elas e, na medida do possível usando do que conhece da doutrina pra tentar “dar uma força”, sempre que possível.
Ele nos conta como é o seu dia a dia e a partir daí nos faz refletir sobre como podemos olhar as pessoas de forma mais compreensiva, e através de um simples bate papo levar uma palavra de animo e otimismo.
Semblantes carrancudos, rostos apreensivos, olhares desconfiados, nervos à flor da pele, indivíduos estressados, ansiosos e quase ninguém sorrindo, em suma um bando de aflitos. Esse é o retrato do nosso dia a dia.
Alguém se aproxima de nós e puxa uma conversa, inevitavelmente, esse alguém fará uma queixa, reclamando do clima, do trânsito, de um parente, do time que perdeu, do chefe, do governo, vendo problema em quase tudo.
Por que tanta queixa? Será que tudo é um problema?
Se olharmos para uma planta, ela estará ali, serena e tranquila nos presenteando com a sua beleza e seu perfume, passando pelas mesmas 24 horas do dia, como nós, sem reclamar. Ela vive as 24 horas divididas em dois ciclos, o diurno e o noturno. No diurno, absorve a energia da luz e os nutrientes do solo, necessários para o seu sustento. No ciclo noturno ela consome a reserva que sobrou do dia, mantendo-se num perfeito equilíbrio, por isso não vemos “plantas gordas nem estressadas”.
Este sistema de equilíbrio, também ocorre no reino animal, onde os animais livres na natureza, não são obesos nem estressados.
Mas, com a maioria dos humanos, o sistema de absorção de energia, não funciona em equilíbrio. Absorvemos mais energia do que temos capacidade de consumir, energia esta, que entra pela alimentação ou pelas informações que recebemos, por isso vamos armazenando tudo isso na forma de gordura ou de estresse.
Se eu ingiro mais alimento do que tenho condição de consumir, tanto pelo trabalho quanto em exercícios físicos, engordarei. Por outro lado, toda informação que absorvi, traz consigo um componente energético, que, dependendo da minha condição evolutiva, pode ser transformada em conhecimento, ou em preocupação e estresse mental, ou ideia fixa.
Um lembrete da ciência: energia ao ser absorvida muda o estado da matéria – por isso nos modificamos a todo instante – pedi e obtereis.
Outra coisa interessante de se observar, é que, mesmo um indivíduo que tenha ganhado na loteria, vai correndo levar esta informação para os seus amigos mais íntimos, pois absorveu dois pacotes de energia, um na forma de muito dinheiro, outro como carga emocional agregada a informação de ter sido o ganhador, e que em ambos os pacotes, ele não tem condições de assimilar, na linguagem popular: “não caiu a ficha”.
Outro lembrete da ciência: o sistema com maior potencial transfere energia para o de menor potencial – quem tem dá para quem não tem – Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim.
Se analisarmos estes dois lembretes da ciência, perceberemos que todo indivíduo que se aproxima de nós, tem algo a nos dar, pois ele absorveu um quantum de energia e quer compartilhar conosco, na forma de reclamação – está de saco cheio -, ou de transferência de conhecimento por meio de uma informação útil, que nos engrandecerá – fazendo bem ao próximo.
Mas por que a maioria reclama?
Por ainda estarmos num estágio evolutivo, condizente com o desenvolvimento moral e intelectual de um planeta de provas e expiações, como a Terra, onde os problemas são os mesmos, só mudando de endereço, onde as aflições atingem tanto o rico quanto o pobre, e a felicidade é relativa.
O que fazer frente a tudo isto que nos cerca?
Além de entender como as coisas funcionam, seguir as recomendações de Jesus, através do estudo das passagens evangélicas, trazendo-as para o nosso dia a dia – conheça a verdade e ela vos libertará.
Não adianta querer mudar os outros, temos que mudar a nós mesmos, fazendo despertar dentro de cada um, novos dados de realidade.
Assim sendo, sejamos pacientes e tolerantes para com aqueles que nos cercam; caridosos para aqueles que nos agridem, perdoando àqueles que nos fazem mal – Perdoai-os Pai, eles não sabem o que fazem.
É isso aí, Norberto, concordo.
A gente vai ficando mais inteligente e vai se afastando da natureza.
Isso não me parece muito inteligente.