O codificador Allan Kardec perguntou aos espíritos: “o que é Deus?” E encontramos na questão nº 1, de O Livro dos Espíritos, a seguinte definição: “Deus é a inteligência Suprema do Universo e causa primária de todas as coisas“.
Ser centelha divina é ser uma partícula, uma fagulha, uma faísca que se desprendeu do Criador que é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. Deus é amor e o amor é a alma da vida.
Assim, centelhas divinas, somos amor, criados simples e ignorantes, fadados pela lei do progresso a essa destinação, pois que ainda estamos estagiando na colheita dos frutos amargos de nossos equívocos.
Por vezes nos perguntamos onde está o amor em nós? em nossos irmãos? Está embotado nos recônditos da alma, recoberto de camadas de ignorância e ofuscado pelos desvios causados por nosso ego no uso do livre-arbítrio.
“Estamos” agora o resultado daquilo que escolhemos quando optamos pela porta larga da perdição. “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela. Que estreita é a porta, e que apertado o caminho que leva para a vida, e que poucos são os que acertam com ela”. (Mateus, VII: 13-14).
“Estamos”, pois o que “somos” é imutável como o Pai o é, centelhas divinas que somos, nossa destinação é o amor. O buril da lei divina de causa e efeito é inexorável e está inscrita em nossa consciência que a todos algum dia faz-nos deparar com a luz de Jesus às portas de Damasco.
E quão luminosa e resplandecente é a luz do amor de Jesus que remove o véu da nossa ignorância no despertar para o amor “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo – Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” (Mateus, XXII: 34-40).
Jesus é o sublime emissário da misericórdia divina para nos ensinar como viver esses dois mandamentos que devem conjugar o verbo no amor à Deus e ao próximo como a si mesmo.
Como nos amar? Como amar o próximo? Como amar a Deus?
O espírito de verdade, no Capítulo XV de O Evangelho Segundo o Espiritismo traz o caminho certeiro “fora da caridade não há salvação”, esclarece que toda a moral de Jesus se resume à caridade e à humildade, duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho, companheiros incautos que devemos abandonar.
Como nos disse Divaldo: “…vale a pena amar. Se você não é amado não é importante, importante é quando ama.
Não se preocupe com os inimigos, todos nós temos inimigos, mas isso é secundário, o importante é não ser inimigo de ninguém.
Se alguém não gosta de você, o problema é dele, mas quando você não gosta de alguém o problema é seu, então ame.
Seja qual for a circunstância o amor é o sublime elixir da plenitude, para quem o esparge e para quem é dirigido.
Então como disse Jesus, amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Ame-se também, quando você se ama, você se instrui, você se cuida, você se prepara para uma vida feliz.
E somente quando você se ama que você é capaz de amar a outrem, porque amando-se, você pode perceber as dificuldades que existem para os indivíduos abandonar as suas imperfeições, as suas mazelas e tornar-se a tolerância, a compreensão, a fraternidade, por fim o amor, o amor é a alma da vida”.
Fatima Fagnani