Andréa termina seu texto assim: “A cooperação é muito mais válida e inteligente do que somente competir”.
Utopia? Nada disso! Perfeitamente possível, não só para nós espíritas, mas pra todos que tem em mente que somos todos iguais e que podemos sim trabalhar unidos num ambiente sem conflitos.
Nessa convivência encontramos afinidades, aprendemos a trabalhar em equipe, respeitar e a entender as hierarquias. É como uma família onde existem todas as situações.
Antes de sair de casa para o trabalho, gosto de fazer uma prece e penso em todos os desafios que devo encontrar ao longo do dia: assuntos para resolver, explicações a dar, decisões para tomar e refletir.
Em praticamente todas as situações precisamos nos relacionar, ouvir e entender o ponto de vista do outro. Muitas vezes queremos que a nossa visão predomine, mas quando isso não ocorre é preciso entender e agir com bom senso. É claro que a competitividade nos faz trabalhar e fortalecer nossos pontos positivos. Olhar de forma diferente, perceber o que muitas vezes não conseguimos somente em nosso ambiente. Mas cuidemos para que esta competição não nos leve a arrogância de achar que o outro não merece crescer e ter seu lugar, pois muitas vezes nos deparamos com fatos que nos fazem sofrer por disputas que nos enchem de egoísmo, inveja e ódio.
Nessa hora esquecemos de olhar nosso colega como um ser igual a nós, de sermos éticos em todos os momentos.
As mudanças ocorrem muito rápidas e a cada instante as empresas procuram ter profissionais que se adaptem a novas situações, novos ambientes, novos desafios, e que tenham postura competitiva.
Hoje já não se fala tanto em conhecimento técnico, mas se avalia muito a postura, a ética, o bom relacionamento, o trabalho em equipe, a confiança, o caráter, a vontade de querer que o trabalho aconteça com a participação de todos.
Mas até onde um prevalece sobre o outro?? O competitivo ou o ético?
Pois as comparações sempre são feitas e em todos os sentidos e formas, as avaliações existem como meio de estimular esta competição.
Como Espíritas, não podemos esquecer que estamos em estágio evolutivo, e que todas as dificuldades contam para nosso progresso moral e intelectual. Não podemos permitir que esta competitividade nos faça desejar destruir e derrotar nossos adversários, ou seja, nossos colegas de trabalho.
A cooperação é muito mais válida e inteligente do que somente competir. Dessa forma somamos e aprimoramos nossa criatividade permitindo que ideias e sugestões surjam com a participação de todos.
Trabalhemos para que um dia esta colaboração seja natural.
Andrea Rejane dos Santos