Neste texto Norberto nos fala da importância de lermos O Livro dos Espíritos. Um divisor de águas na história da humanidade deve ser leitura obrigatória para todos nós independente de crença religiosa.
Dentro da literatura existem muitos livros marcantes. Alguns se tornaram campeões de venda, os “Best Sellers”, e muitos destes de duração efêmera, sendo substituídos por outros de acordo com o modismo.
Os livros marcantes são aqueles que estabelecem a quebra de paradigmas, nos trazendo novos dados de realidade, capazes de mudar as normas vigentes.
Os livros com ideologias políticas tem um peso muito grande na mudança da forma de pensar, pois os autores primam em dar melhores condições sociais para o povo.
Os livros de autoajuda trazem sugestões, em diversas áreas, para que tenhamos sucesso profissional, sentimental, corpo perfeito, melhor autoestima e por aí a fora.
Os livros com contos ou ficção, tem função recreativa, alguns nos levando a aventuras emocionantes e imaginativas.
Os livros técnicos, alguns básicos e, outros se renovando a cada nova descoberta, tem o seu público específico.
Os livros sagrados das diversas seitas atendem seus fiéis e alguns funcionam como baliza moral.
Não podemos esquecer dos livros de receitas, afinal uma boa refeição todos a merecemos.
E O Livro dos Espíritos como se encaixa dentro do contexto literário?
Ele é um livro incomum.
Sua primeira edição em 18 de abril de 1857 com 501 questões foi escrita diretamente pelos Espíritos, através de fenômeno de efeito físico; sem interferência da mente do médium; contendo Os Princípios da Doutrina Espírita.
OBS. posteriormente Kardec fez a segunda edição, com 1019 questões contendo a Filosofia Espiritualista e Os Princípios da Doutrina Espírita, e é este que se lê hoje.
Inicialmente as duas irmãs Baudin passaram a responder as perguntas feitas por Hippolyte Léon Denizard Rivail, que passou a usar o pseudônimo de Allan Kardec, e em seguida outra médium a Srta. Japhet uma sonâmbula deu continuidade às respostas.
É importante ressaltar que as respostas eram escritas por uma cesta, onde um lápis era nela preso e, por processo de levitação devido à imposição das mãos das médiuns, direcionando-as para a cesta, esta flutuava e escrevia como que por mágica, sendo guiada pelo Espírito responsável pela resposta.
Além de este livro ter sido escrito pelos Espíritos se auto revelando, ele nos dá respostas para os mais intrincados questionamentos como: de onde viemos, o que somos e para onde iremos, ou seja, o passado e o futuro da humanidade.
Essa comunicação com os Espíritos provou a existência do mundo invisível e, nos deu o conhecimento de seu estado e costumes.
O seu conteúdo aborda a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e sua relação com os homens. As leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade através dos ensinos dados por Espíritos superiores.
Estes ensinos nos dão condições de entendermos a relação do Espírito com a matéria, e sabermos que somos os seres inteligentes da criação, sobressaindo dentro dos quatro reinos da natureza; mineral, vegetal, animal e hominal.
Como seres inteligentes enquadrados dentro das leis morais, temos condições de viver bem dentro dos núcleos sociais onde nos inserimos independente da nossa crença religiosa ou ideológica, pois como Espíritos somos individualidades universais habitando, temporariamente, este planeta azul.
O Livro dos Espíritos é um marco na história da Terra e, quanto maior o número de pessoas por ele atingido, mais os seres humanos entenderão como ser melhores consigo mesmos e melhores na convivência com seus semelhantes e com o meio ambiente.
Este livro é como um óculos, através do qual vemos coisas inimagináveis que fazem parte do nosso dia a dia, dando-nos condições de entendermos todos os demais livros.
Se você não o leu, leia-o e, em seguida dê um exemplar para um amigo.
Norberto Gaviolle