Na hora da perda de um ente amado, todos nós nos desequilibramos. Isso acontece de forma mais contundente para aqueles que duvidam da vida após a morte. Esse nosso novo parceiro, trabalhando como psicógrafo, nos fala como,de forma ética e amorosa, consegue auxiliar essas pessoas.
HENRIQUE BOTTARO
Vivendo ativamente no mundo da psicografia, tenho acompanhado e testemunhado não somente o que é, para os espíritas, um fato, no que diz respeito ao fenômeno em si, mas o impacto que ela causa naqueles que recebem da espiritualidade maior uma carta dos seus entes amados.
Somente um pequeno percentual de mais ou menos 5% dos frequentadores de uma sessão de psicografia são espíritas kardecistas; os outros 95% são irmãos nossos que comungam em outras crenças, mas que também acreditam na imortalidade da alma.
Temos acompanhado em nosso trabalho por todo o Brasil, pessoas de vários segmentos religiosos (católicos, evangélicos em sua maior massa, e em outras crenças um menor número), mas todos independentemente disso têm em si o amor e a saudade que fala mais alto deixando para trás quaisquer diferenças religiosas, pois são movidos pela possibilidade do reencontro.
Encontramos muitas mães enlutadas que nos são trazidas pela dor da “perda” do seu filho amado, que após muita perseverança recebem pela nossa lavra mediúnica, com a permissão de Jesus, cartas relatando onde estão, como estão e, principalmente, a veracidade de tais informações, comprovadas através do relato dos familiares sobre os traços de personalidade do comunicante. E, no final de cada carta, juntamente com a espiritualidade maior e o espírito comunicante, reproduzimos de forma satisfatória a escrita dos nomes de seus entes, legitimando mais ainda a autenticidade da mensagem.
Temos a obrigação de sermos médiuns com Jesus oferecendo a quem nos procura o colo de um amigo, de um irmão, sem levar o espiritismo aos palcos, fazendo nosso trabalho de forma honesta e ética.
E, podemos ver nas famílias que nos procuram, a mudança. O resgate dessas almas até então sofridas, perdidas, desorientadas que encontram nas cartas psicografadas a ferramenta para conseguirem superar o luto e seguir adiante confiantes que o seu amado, por hora, não voltará, mas onde quer que ele esteja ele ama igualmente a nós, sente a mesma saudade que nós, a mesma necessidade de comunicação. E assim, essas famílias encontram “na perda” uma nova essência de vida e significado, e muitos começam a participar do trabalho, não mais como assistidos, mas como assistentes.
Mães ou famílias inteiras que ao receber uma carta começam a desenvolver o trabalho social, divulgando a caridade e a crença na imortalidade.
Muitos continuam em suas crenças, reconhecendo no Espiritismo a verdadeira função dele, O Consolador.
Outros se tornam totalmente ou parcialmente espiritas, engrossando as fileiras de trabalhadores do Senhor, na construção de um amanhã promissor, sabendo que o reencontro é inevitável.
Que a fé, chamaque nos sustenta juntamente com Jesus Cristo, a todos ampara incondicionalmente esperando que cada um no seu tempo desperte para as verdades do Espirito imortal.
