Assim como à maioria dos brasileiros, os últimos acontecimentos nos deixam angustiados e temerosos, quando pensamos no futuro da humanidade. Nesse texto a Glaucia nos fala sobre isso.
Diante das notícias avassaladoras de amotinamento nas prisões brasileiras e da violência promovida pelo crime organizado, um sentimento de impotência se abate sobre nós. O ideal da prisão como instrumento de ressocialização cai por terra, diante da ausência do Estado e da dominação desses espaços por narcotraficantes. Um cenário desolador, no qual as autoridades, aturdidas, não conseguem se posicionar com seriedade e consistência.
No cenário internacional, assistimos com estarrecimento, aos ataques do chamado “estado islâmico”, com a disseminação de episódios de violência irrestrita. Tudo isto, aliado à ascensão de políticos moralmente enfermos, incapazes de expressar qualquer sentimento de empatia.
Com esse pano de fundo, a Regina nos pede para escrever alguma coisa para publicar na nossa Newsletter sobre esses últimos episódios de violência. E eu pensei: escrever o quê?
E, hoje, nas minhas orações, perguntei, desconcertada, mas com sinceridade: Jesus, qual é o plano?
E a lição que se abre para hoje, responde ao meu questionamento: “não se turbe o vosso coração” (João, 14:27)
Essas palavras foram ditas por Jesus aos seus discípulos, às vésperas da sua prisão. Antevendo os episódios turbulentos que deveriam advir nos dias próximos, sereno, Jesus adverte os discípulos a manterem a serenidade diante das sombras que se agigantavam. A lição não poderia ser mais atual para os dias de hoje.
O Pai não nos promete caminhos para a fuga, mas nos assegura mão firme para atravessarmos os períodos de gravidade, ou de “mar alto”, na feliz expressão de Emmanuel.
Da mesma maneira, Jesus nos assegura a sua paz. Não a paz modorrenta daqueles que nada fazem, mas a paz que o coração ativo pela fé e pelo serviço no bem.
Depois da oração, senti que a minha pergunta foi respondida, o que só reforça a certeza de que a espiritualidade acompanha e entende as nossas dificuldades, diante da complexidade dos problemas do mundo.
E qual é o plano, afinal? O plano é o de sempre; não mudou: Nos mantermos serenos em meio à tempestade, fazendo o bem dentro do círculo de ação em que somos autorizados a atuar e, principalmente, não nos deixando dominar pelo desânimo.
Confiemos no Pai, na certeza de que mesmo nas situações mais desafiadoras, Jesus está no leme.
Glaucia Savin